sábado, 9 de abril de 2011

Gestão Ana de Hollanda "compromete a imagem do governo Dilma" - Carlos Henrique Machado



Nassif, você se lembra perfeitamente bem daquele meu comentário, que virou post aqui no blog, sobre a alegria dos cult capitalistas com a chegada de Ana de Hollanda ao MinC. Alguns disseram que era preciptação e que isso e aquilo não passava de um jogo político de quem perdeu a boquinha. Enfim, essa coisa rasteira e leviana de tentar parar as críticas com acusações.
Pois bem, estão aí os 100 dias de ininterruptas crises dentro do MinC. Nesses  últimos 100 dias só aumentaram os grupos de intelectuais, músicos, anônimos criticos a essa política que vem isolando o Ministério da Cultura de seu foco como um órgão de Estado responsável por todo um patrimônio histórico da cultura brasileira.
 O que estamos assistindo são cinco séculos de cultura e sua fantástica evolução serem confinados a um enchimento artificial, enquanto vemos uma apaixonada ministra expressar uma autenticidade anti-nacional que assombra brasileiros desde as grandes capitais até os pequenos lugarejos.
Essa autoridade máxima que Ana de Hollanda brada para defender o Ecad e toda a pesada indústria americana que está por trás desse jogo, está começando a comprometer a imagem do governo Dilma. Porque por mais que Ana de Hollanda queira tocar esse debate de forma virtual, a sociedade está encontrando instrumentos que materializam sua marcha pesada rumo ao ultra-conservadorismo dos interesses das multinacionais.
Ana de Hollanda, influenciada pela lógica imperialista, tirou dois símbolos de diversidade, mesmo jurando não entender nada sobre o assunto, o CC e a SID. Quanto ao CC, é lógico que ela sabia o que estava fazendo, mas também ao que re refere à Secretaria de Identidade e Diversidade. Digo isso em questão estratégica, pois os dois são símbolos de democracia e de fortalecimento da base social, de escolha e de anseios muito bem estabelecidos pela própria sociedade. Quando Ana tirou estes dois símbolos, tentou amenizar o impacto indiscutível dos movimentos sociais da cultura. Assim ela poderia resistir melhor às pressões, o que significaria o fim de uma política voltada para a evolução da sociedade, ao mesmo tempo que encorajaria através da especulativa Secretaria da Economia Criativa, a volta dos produtores que se fartam com a Lei Rouanet e não querem desmamar do Estado, tanto isso é verdade que nesses 100 dias justamente os cult capistalistas ligados, sobretudo a Serra e Sayad em São Paulo, e nisso se incluem os gestores corporativos e os artistas/empresários, pois são os únicos a apoiarem essa forma deliberada de uma ministra insana que não pára de fazer vítimas no ambiente cultural do Brasil para dar voz e vez a uma espécie de gíria de usurpação chamada Ecad.
Vamos ver até onde a Ministra da Cultura vai com o seu balé. Ela, com seu maravilhoso idioma anti-nacional, está criando um verdadeiro inferno na cultura brasileira que não trará apenas desvantagens ao universo cultural, mas a toda a sociedade para esta e para as futuras gerações. Ana adotou o velho estilo de governar do PSDB. Digo mais, a conversão maciça do MinC rumo ao ultra-conservadorismo seria um desafio eté para os demotucanos.
Todo santo dia os clarins do MinC sopram uma crise. Todo santo dia assistimos a adoções de padrões da cultura ortodoxa da indústria multinacional propagar a fé em Ana de Hollanada. Acho que já chega, não? Será que os canais políticos não vão criar uma forma de regulamentar essa exclusividade perigosa de uma ministra que está marcando a sua gestão por destruir tudo o que foi construido pelo debate intenso com a sociedade? Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela trash.

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